acabamos por esquecer de nós.
Do que somos, do que era sonho, apenas nosso.
Não é fácil, fechar uma parte de nós, e adormecer algumas coisas que eram importante.
As vezes, não temos escolhas. Se faz necessário, trocar nossas prioridades, deixar vontades em gavetas, para dedicar ao que se torna parte fundamental em nossas vidas.
Quase deixamos de existir...
E como se adiasse os próximos capítulos de nossas vidas, dando uma pausa em nossa história.
Só que, lá fora, a vida continua. A pausa, é só dentro de nós.
Então, fica um vácuo entre o antes, e o agora, o agora e o depois. Não se emenda a história. Não existe ponte, para voltar e fazer uma visitinha rápida, depois retornar para fazer o laço para unir as duas partes.
Ando com uma saudade estranha, do que poderia ter/ser, nesse vácuo. Curiosidade de como seria meu eu, nesse espaço que ficou em branco. Saudade de conhecer meu eu.
Tenho saudade de mim.
Do sorrir, do dançar, do caminhar descalça na grama, do riso solto, do sol no rosto, do vento no cabelo, do cheiro da chuva... que não pude viver.
Saudades, quando era eu, do meu eu em mim. Eu, só pra mim...
Saudades de ser minha.
Tão simples e complexo assim...