Meus olhos se fecham para sentir somente o vento, que chega a mim, como uma prece de gratidão. Elevo meu coração, minha mente, minha alma, e apenas entrego nas mãos do Criador.
Não espero por respostas, não busco por milagres, apenas entrego, me esvaziando dos pesos, das dores, das incertezas e angustias que residem no meu ser .Por hoje, me basta a entrega, o calor do sol ainda tímido, me dizendo que não estou só. Que se esconde vida, sonho, força, esperança, entre cada nuvem cinza, que vem colorindo meu céu de outono.
E, sei bem, que o entardecer trará um novo céu, misterioso, cheio de tons indescritíveis, de nuvens que brincam de esconder e revelar o que resta de luz outonal, as vezes brilhante, outras, opaca, quase imperceptível ...mas sei que continua lá.